O hábito de roer unhas, conhecido como onicofagia, é uma prática comum motivada por ansiedade ou costume, afetando até 30% da população global. O odontologista José Todescan Junior, especialista em prótese dental, enfatiza que esse comportamento pode ter sérias repercussões na saúde bucal.

Entre os efeitos negativos da onicofagia, destaca-se o desgaste dos dentes, uma vez que a pressão exercida sobre a arcada dentária pode causar irregularidades na superfície e, com o tempo, enfraquecer o esmalte protetor dos dentes. José Todescan Junior adverte que os pacientes podem desenvolver fraturas dentárias como resultado da pressão constante sobre os dentes, levando a rachaduras visíveis ou pequenas fissuras que, se não tratadas, podem culminar na perda de dentes.

Além disso, o ato de roer unhas pode provocar o deslocamento dos dentes, alterando sua posição na arcada dentária. Isso pode exigir tratamento ortodôntico para corrigir problemas estéticos e funcionais.

O especialista ressalta que o hábito também pode aumentar a sensibilidade dos dentes, uma vez que o esmalte dentário se desgasta devido à prática, deixando as camadas mais profundas expostas e tornando os dentes mais sensíveis a variações de temperatura e acidez.

Roer as unhas pode não só afetar a saúde bucal, mas também aumentar o risco de complicações, como disfunção da articulação temporomandibular (ATM), que pode resultar em dores e estalos na mandíbula. Além disso, a introdução de impurezas presentes nas unhas na boca pode elevar o risco de infecções bucais, tornando o organismo mais suscetível a doenças como gripes, resfriados e problemas gastrointestinais.

Portanto, é fundamental buscar ajuda para superar o hábito de roer unhas, não apenas visando a saúde dos dentes, mas também a saúde geral do corpo. José Todescan Junior enfatiza a importância de conscientizar as pessoas sobre os riscos associados a essa prática e encoraja a adoção de medidas para prevenir complicações bucais e de saúde.